Você sabia que o HPV (papilomavírus humano) é a infecção sexualmente transmissível mais comum no mundo? É verdade, com mais de cem tipos de vírus, calcula-se que 50% da população sexualmente ativa já tenha sido infectada por algum tipo de HPV.
Mas afinal, o que é o HPV?
São vírus que são capazes de infectar a pele ou as mucosas. Existem mais de 150 tipos diferentes de HPV, dos quais 40 podem infectar a região genital e provocar cânceres, como de colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe. Já outros, podem causar verrugas genitais.
Nos indivíduos com infecção por alguns dos tipos do vírus, existe o risco de desenvolvimento do câncer, com um grande destaque para o tumor de colo de útero entre as mulheres.
Como ocorre o contágio do HPV?
A transmissão dos vírus não ocorre unicamente através de relações sexuais, mas também por contato direto com a pele ou mucosa infectada. Existem casos em que o mesmo pode ser transmitido de mãe para filho, durante o parto.
Sinais e sintomas
A infecção pelo HPV na maioria das pessoas não apresenta sintomas. Inclusive, o vírus pode ficar em latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu).
As primeiras manifestações da infecção pelo HPV normalmente surgem entre 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em pessoas com imunidade baixa, ou gestantes.
Prevenção
A vacina contra o vírus é sim a medida mais eficaz para prevenção contra a infeção. A vacina é indicada para:
- Para todas as meninas e mulheres a partir de 9 anos;
Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos;
Para todos os meninos e homens de 9 a 26 anos;
Mas, é essencial ressaltar que a vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra infecções ou lesões por HPV já existentes!
Além da vacina, o uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Ainda, a camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o contágio se utilizada desde o início da relação sexual.
E por último, mas não menos importante: O papanicolau é um exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras do câncer do colo do útero. Ele auxilia a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se desenvolverem.
Ele não é capaz de diagnosticar a presença do vírus, mas é considerado o melhor método para detectar o câncer e suas lesões precursoras.
Fazendo esse exame regularmente, é possível prevenir quase 100% dos casos!
Quem ama cuida, estamos todos juntos nessa causa!
Escrito por: Dra. Renata Scatena – CRM (124384)
Até a próxima.