Você provavelmente conhece o Herpes Zoster como “cobreiro”. Quem já teve, ou conhece alguém que tenha tido Herpes Zoster, sabe como a doença afeta a qualidade de vida. Apesar de se manifestar em graus variados, na maioria das vezes as lesões são extremamente dolorosas, demoram para cicatrizar e podem infectar.
Em geral, causa lesões em regiões localizadas, como o tronco ou a face. Por conta da queda natural da imunidade, é comum que acometa idosos. Inclusive, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), um em cada três idosos terão pelo menos um episódio da doença ao longo da vida.
Em geral, o estilo de vida é um grande facilitador do problema. Além disso, o estresse pode ocasionar o aumento de casos da doença.
Durante a pandemia, houve 35% de aumento de ocorrências da Herpes Zoster no Brasil. Basicamente, um indicador de que o estilo de vida de fato interfere na saúde de um indivíduo.
Antes das lesões aparecerem na pele é comum a dor, a coceira ou o formigamento local. Ademais, é bastante frequente que ela apareça em um único lado do corpo. Num geral, o tórax ou a face são afetados.
As lesões na face, inclusive, podem ser bem graves. Afinal, podem afetar a visão e até causar cegueira. Em contrapartida, pacientes que têm a imunidade baixa podem apresentar lesões espalhadas pelo corpo todo.
Além destes, outros sintomas são associados à doença:
Como a herpes zoster é contraída?
Sabia que 95% das pessoas nascidas antes de 1980 tiveram catapora na infância? A maioria delas, inclusive, nem sequer se lembra disso.
O Herpes Zoster, por sua vez, é causada pela reativação do vírus da catapora. Isso porque quem teve catapora, permanece com o vírus “escondido” e latente nos gânglios do sistema nervoso.
Conforme o sistema imunológico envelhece, a imunidade diminui e o vírus é reativado. Assim, idosos, soropositivos e pessoas com neoplasia ou doenças crônicas também podem desenvolver Herpes Zoster.
Após ser reativado, o vírus migra pelo nervo até a pele. Por consequência, surgem as lesões vesiculares (em forma de bolhas) tão típicas da doença.
A transmissão, inclusive, entre pessoas pelo conteúdo das feridas bolhosas é rara.
O nervo comprometido pode ser danificado de forma permanente. Assim, resulta na neuralgia pós-herpética. Em outras palavras, uma dor persistente e duradoura.
Uma em cada 10 pessoas vai apresentar a neuralgia pós herpética. Esta, aliás, é a principal complicação – e a mais dolorosa – da doença. Além disso, é bem difícil de controlar. É uma dor muito forte que dura anos e interfere enormemente na qualidade de vida do paciente.
Muitas pessoas confundem, mas são vírus e doenças diferentes.
A doença Herpes Zoster é causada pelo vírus Varicela Zoster. O Herpes Simples, por sua vez, transmite-se pelo contato direto com as lesões, ou por gotículas respiratórias no ar. No Tipo 1, as lesões são na face. Já no tipo 2, elas se encontram nas genitálias.
A vacina é importante para evitar não somente a doença, mas também novos episódios. Afinal, você pode ter Herpes Zoster mais de uma vez.
Por isso, a prevenção é sempre a melhor escolha. A vacina está disponível nas clínicas particulares para pacientes após os 50 anos – o risco da doença aumenta com a idade. Ela é aplicada em uma dose única.
Além de interferir na qualidade de vida, a doença também tem altos custos financeiros e emocionais. No futuro, pode deixar sequelas graves, como:
A internação hospitalar não é rara nesses casos. Especialmente se considerarmos a necessidade de controle da dor e do tratamento das infecções bacterianas nas lesões da pele. Em média, um paciente permanece entre 4 e 7 dias no hospital – quando não há outras complicações.
Não apenas pode, como deve! A vacina evita os novos episódios e também a dor crônica, que acontece em 70% dos casos.
E mais uma vez lembramos: a idade aumenta as chances de complicações.
Após ter sofrido com a doença, é recomendado que você espere um ano para fazer a vacina contra o Herpes Zoster. Em geral, ela necessita de orientação e liberação médica.
Através da avaliação médica. Geralmente, é possível reconhecer a doença nos primeiros sintomas e exames diagnósticos. Entretanto, isso pode variar conforme cada caso. Além disso, o PCR do conteúdo das lesões bolhosas é padrão ouro para o diagnóstico.
O tratamento precisa ser orientado por um médico especialista. Medicamentos antivirais, analgésicos, antitérmicos, compressas e cuidados específicos também são recomendados, conforme o tipo e gravidade das lesões.
Entretanto, nós sempre recomendamos que você nunca deixe de se prevenir. Se você leu até aqui, aprendeu como o Herpes Zoster é doloroso e pode afetar a sua qualidade de vida. Por isso, se você tem mais de 50 anos e deseja saber mais sobre a vacina, pode clicar aqui.
Dra Renata Scatena CRM 124384
Médica Pediatra/ responsável Técnica da Casa Crescer
Mesmo com a chegada da vacina da COVID, todos os esforços continuam necessários para que possamos cuidar de nós mesmos e cuidar dos outros.
Por isso, a gente, aqui da Casa Crescer, não pisca na hora de seguir cada protocolo de prevenção.
Não deixe de cuidar da sua saúde e da sua família. Venha em segurança e encontre um ambiente seguro.
Fique tranquilo, as políticas de convivência na clínica seguem as orientações do CRM, entre a relação paciente / médico / profissionais da saúde.
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