Catapora é uma doença comum na infância, porém altamente contagiosa! Por isso, é muito importante tratar a doença mas, principalmente, preveni-la com vacina. A catapora é mais comum em crianças, pois a maioria dos adultos são imunes já contraíram a doença na infância na infância.
No post de hoje, nossa colunista Dra. Renata Scatena, pediatra e diretora da Casa Crescer, esclarece todas as dúvidas sobre catapora. Confira!
SAIBA TUDO SOBRE CATAPORA E POR QUE É IMPORTANTE A VACINA
A Catapora, também conhecida como Varicela, é uma doença infecciosa aguda, altamente transmissível, causada pelo vírus varicela-zoster. Era uma das doenças mais comuns da infância antes da vacina ser disponibilizada na rede pública em 2012. No entanto, de 2012 à 2017 foram registrados mais de 600 mil casos da doença no Brasil.
A catapora é muitas vezes vista como uma doença benigna. Mas ela é altamente contagiosa e pode ter consequências graves em algumas situações. Se uma criança infectada vai para uma sala de aula onde ninguém está vacinado, mais ou menos 70% dos coleguinhas também vão pegar a doença.
QUAIS SÃO OS SINTOMAS?
Os sintomas costumam aparecer de 10 a 21 dias após a infecção. Incluem dores de cabeça leves, febre moderada, perda de apetite e mal-estar. De dois a três dias após os primeiros sinais, surgem lesões de pele caracterizadas por manchas avermelhadas, que dão lugar a pequenas bolhas ou vesículas cheias de líquido, sobre as quais, posteriormente, se formarão crostas (feridas) que provocam muita coceira.
QUAL A FORMA DE TRANSMISSÃO?
Ocorre, principalmente, pelas gotículas de saliva, pelo espirro e pela tosse ou pelo contato direto com o líquido das bolhas. Raramente, pode acontecer de forma indireta, pelo contato com objetos contaminados com secreção das vesículas.
É possível ainda a transmissão da varicela durante a gestação, através da placenta. Pessoas transmitem a doença durante todo o período de formação das lesões da pele, que dura, em média, de cinco a sete dias.
A catapora pode ser transmitida ainda no período de incubação (tempo entre contato e surgimento da doença), que pode ser tão longo como levar de duas a três semanas.
QUAL O TRATAMENTO?
Por ser uma doença viral, o ideal é a prevenção através da vacina. O tratamento consiste em aliviar os sintomas. O importante é evitar a contaminação das lesões por bactérias, o que complica o quadro. Uma vez contaminado, o paciente deve ficar em casa, longe do convívio social esperando que as lesões da pele cicatrizem. Pode ser administrado antitérmicos para controlar a febre e a dor.
Mas atenção: não é recomendado o uso de medicamento contendo ácido acetilsalicílico (AAS). Isso porque há registro da síndrome de Reye, que acomete o fígado e pode causar coma.
QUAIS SÃO OS CUIDADOS ESPECIAIS?
Adultos ou pessoas debilitadas, que se contaminem com o vírus da catapora, requerem cuidados especiais:
- Mantenha as unhas da criança doente bem cortadas e limpas;
- Ofereça-lhe alimentos leves e muito líquido;
- Evite roupas em excesso;
- Sempre consulte o pediatra da criança para melhor acompanhamento e orientação.
A MELHOR FORMA DE EVITAR A CATAPORA É ATRAVÉS DA VACINAÇÃO!
A Vacina contra a Catapora é composta pelo vírus vivo atenuado. Após 1 dose da vacina, a soroconversão é de 90 a 93%. Com uma segunda dose da vacina, a soroconversão é de praticamente 100%. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda 2 doses da vacina com intervalo de 3 meses entre as doses. Porém, sendo a primeira dose indicada acima de 12 meses de idade.
Em situação de risco – por exemplo, surto de varicela ou exposição domiciliar – a primeira dose pode ser aplicada a partir de 9 meses de idade. Nesses casos, a aplicação de mais duas doses após a idade de 1 ano ainda será necessária. As contraindicações para o uso destas vacinas são: gravidez, reações anafiláticas à neomicina, hipersensibilidade à gelatina (para a da MSD) ou outros componentes da vacina, doenças neoplásicas ou hematológicas, terapia imunossupressora, tuberculose em atividade e não tratada, imunodeficiência primária ou adquirida, processo febril agudo (febre moderada ou elevada), alergia grave a ovo.
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