É bem comum que a saúde mental não receba a devida atenção. Por consequência, várias áreas da nossa vida podem ser afetadas de formas diferentes (e negativas). Nosso lado profissional é um deles. Sabia, por exemplo, que é estimado que três em cada 10 brasileiros no mercado de trabalho sofram com a Síndrome de Burnout?
A própria Síndroma, por si só, não é amplamente entendida. Assim, muitas pessoas sofrem, e não sabem as razões, nem os tratamentos. Aqui, na Casa Crescer, nós acreditamos que conhecimento não é só poder. É, também, saúde.
Por isso, neste artigo vamos ajudar você a entender a Síndrome de Burnout!
O que é a Síndrome de Burnout?
Seu nome vem da expressão em inglês “queimar-se por inteiro”. Assim como uma vela se apaga após o fogo consumir seu pavio, o mesmo pode acontecer com você.
A Síndrome de Burnout é caracterizada pelo esgotamento e exaustão profundos, causados pelo trabalho. Em outras palavras, a sua chama se apaga. Afinal, você não tem mais motivação para ir trabalhar. Além disso, seu desempenho profissional e sua qualidade de vida caem drasticamente.
A principal causa é o excesso de trabalho. Entretanto, outros fatores podem contribuir para seu desenvolvimento:
- Trabalhos que envolvem pressão diária (enfermeiros, médicos, policiais, jornalistas, bombeiros, professores etc.);
- Demandas que exigem mais do que o profissional acredita ser capaz de realizar;
- Alto grau de responsabilidade do cargo e tomada de decisões;
- Dedicação intensa e descontrolada no trabalho;
- Descaso com as próprias necessidades, como socializar, comer e se hidratar.
Na correria da rotina, muitas vezes nos esquecemos de que nossas profissões são apenas uma parte da nossa vida. A pressão e as necessidades financeiras, por exemplo, acabam nos convencendo do contrário. Ou seja: que o trabalho é o que nos define, ou que nossa existência não é nada sem ele.
De forma geral, essa forma de viver (e sentir) o trabalho termina em Burnout. Mas, afinal, como saber se você está apenas em uma semana de estresse atípico, ou realmente sofrendo com a Síndrome?
Como identificar os sintomas da Síndrome de Burnout
Frequentemente, a Síndrome de Burnout é confundida com estresse ou depressão. Isso porque os sintomas destes três problemas são bastante similares.
Entretanto, a lista dos efeitos da condição é mais extensa. Além disso, afeta profundamente a vida do profissional, inclusive fora do trabalho. Conheça os mais frequentes:
- Dores de cabeça;
- Cansaço excessivo, físico e mental;
- Desânimo generalizado: no emprego e fora dele;
- Perda ou aumento do apetite;
- Distúrbios do sono;
- Dificuldade para se concentrar;
- Sentimento de incapacidade e insegurança;
- Visão pessimista;
- Alterações bruscas de humor;
- Pressão alta;
- Dores musculares;
- Distúrbios gastrointestinais;
- Alterações nos batimentos cardíacos.
Os sintomas costumam se desenvolver aos poucos. Às vezes, eles são tão sutis que, quando o profissional se dá por si, está em um estágio agravado do problema. Por esse motivo a busca por auxílio terapêutico é tão importante. Quando se trata de saúde, seja mental ou física, o tempo é extremamente valioso.
Acho que é o meu caso. E agora?
Como já mencionamos, buscar ajuda psicológica é o primeiro ponto. Se você se identificou com os sintomas descritos, então não hesite em começar a cuidar de si agora mesmo.
Além disso, ter o apoio de amigos e familiares é fundamental. Quando a nossa saúde mental pede ajuda, estar cercado de quem amamos torna o processo de cura mais efetivo.
O diagnóstico da Síndrome de Burnout pode ser feito por um psicólogo, ou psiquiatra. As orientações sobre o que fazer após esse diagnóstico, contudo, podem variar de acordo com cada caso.
Lembre-se: a saúde mental é tão importante quanto a física. Portanto, se você acredita que o trabalho tem te afetado negativamente, não espere a situação “passar”. Nesse caso, é a ajuda psicológica que reverterá o quadro.