Atraso na fala: como uma criança desenvolve a habilidade da comunicação

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Enquanto as primeiras palavras de uma criança encantam pais e mães, o atraso na fala vem na direção oposta da alegria desse momento e causa grande preocupação na família. 

A avaliação muda de acordo com cada caso. Afinal, nem todos os bebês apresentarão desenvolvimento idêntico. Contudo, há, de fato, um padrão no aprendizado da comunicação nos primeiros anos de vida de um ser humano. 

Para entender o que pode ser considerado um atraso na fala ou não, vamos primeiro a algumas linhas gerais sobre como esse processo acontece.

Como um bebê aprende a falar?

Os conceitos e as ideias vêm antes das palavras. Isto é, antes da comunicação propriamente dita, a criança entra em contato com cores, texturas, sons e imagens. Primeiro, a criança sente. Depois, ela aprende a nomear. 

Além da interação com o meio ambiente como um todo, a repetição e a observação são outros fatores que constroem essa habilidade. Ao brincar, por exemplo, um pai ou uma mãe deve conversar com a criança, repetir o nome dos brinquedos que estão sendo usados. Aos poucos, então, ela saberá o nome de cada um.

Atraso na fala: como identificar?

Antes de tudo, é importantíssimo recomendar que o acompanhamento do desenvolvimento da fala seja feito em conjunto com um profissional. 

É possível, por exemplo, que pais e mães interpretem erroneamente a máxima de que “cada criança tem seu tempo”, ignorando, inconscientemente, detalhes que dizem muito sobre o panorama geral. Ademais, muitas famílias se atêm à quantidade de palavras que a criança é capaz de pronunciar, esquecendo-se de que a comunicação vai além disso: o uso da musculatura da face é um exemplo disso.

Em geral, as expectativas de aprendizado da fala para cada faixa etária são:

  • 0 a 3 meses: emite sons e demonstra atenção ao ouvir seus responsáveis falarem;
  • 3 a 6 meses: emite sons que soam como uma conversa. Podem repetir sons que já ouviram anteriormente;
  • 6 a 12 meses: começa a entender e falar palavras ou sílabas mais simples e comuns, como “oi” e “não”;
  • 12 a 18 meses: combina palavras simples e é capaz de apontar objetos ou identificar partes do corpo;
  • 18 a 24 meses: o vocabulário pode se estender para cerca de 20 palavras diferentes, as quais a criança já pode combinar em frases simples;
  • 2 a 3 anos: forma frases com duas ou três palavras e sabe responder “sim” ou “não”. Apesar disso, parte da comunicação ainda pode ser compreensível;
  • até 4 anos: aqui, a criança já conta histórias e usa frases mais longas. Ao mesmo tempo, dificuldades com o som do “r” ou do “lh” são comuns.

A pandemia aumentou a probabilidade de atraso na fala?

Muito se ouviu por aí sobre o uso de máscaras influenciar negativamente o desenvolvimento da comunicação das crianças. Entretanto, as consequências da pandemia nesse processo não têm a ver com isso, mas sim com a diminuição das interações sociais.

Lembra do que falamos no início deste artigo, sobre as palavras existirem somente após os conceitos, as imagens e as ideias? O isolamento impossibilitou os bebês de terem contato com todos os estímulos necessários para aprenderem a falar. Sem contato com pessoas e paisagens diferentes, a elaboração de conteúdos e aquisição de vocabulário ficou mais difícil.

Não obstante, a introdução precoce de telas se tornou comum, na tentativa de distrair essas crianças. Como a recomendação é de que apenas após os 2 anos de idade as telas sejam inseridas – e com tempo restrito, não é de se surpreender que esta nova rotina se mostrou um novo obstáculo na rotina dos bebês.

Como estimular o desenvolvimento da fala?

O tempo de qualidade, apesar da pandemia, é um dos segredos para o desenvolvimento da fala das crianças. Portanto, para estimular esse aprendizado:

  • Estabeleça horários para realmente interagir com a criança: conversar e brincar, com total atenção nela. Enquanto interage, lembre-se de dar nome aos objetos, aos alimentos, comentar sobre as cores, as texturas…
  • Crie uma rotina para que a criança tenha noção de tempo;
  • Não deixe a criança dormir muito tarde. Afinal, ir para a cama cedo melhora a sua qualidade do sono;
  • Ouça música e dance com a criança, estimule os seus movimentos e dê nome a eles;
  • Faça caminhadas e leve a criança conhecer lugares novos, desde que tudo isso seja feito de forma segura, sem esquecer de que o Covid-19 ainda está por aí.

Conte com a ajuda de um fonoaudiólogo

Percebeu como o processo de aprendizado da fala é complexo? Para viver essa fase de forma saudável e estimular a criança de forma apropriada, o acompanhamento de um fonoaudiólogo é valioso. Aqui na Casa, por exemplo, aos 18 meses de idade o bebê passa por uma triagem com nossa equipe de fonoaudiologia. Assim, caso haja algum problema, é possível detectar de forma antecipada e prevenir que persista no futuro. Se precisar, as portas da Casa Crescer estão abertas para você – e, aqui, temos uma fonoaudióloga que pode ajudar você a lidar com a prevenção ou o tratamento do atraso na fala.

Referência: Ocyomara Santos – fonoaudióloga, Psicopedagoga e Neuropsicóloga

Cuidados

Mesmo com a chegada da vacina da COVID, todos os esforços continuam necessários para que possamos cuidar de nós mesmos e cuidar dos outros.

Por isso, a gente, aqui da Casa Crescer, não pisca na hora de seguir cada protocolo de prevenção.

Não deixe de cuidar da sua saúde e da sua família. Venha em segurança e encontre um ambiente seguro.

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