Principais diferenças entre vacinas do SUS e da rede privada

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Quais são as diferenças entre vacinas do SUS e da rede privada?

Antes de falar das diferenças entre vacinas do SUS e da rede privada, uma semelhança:  são aprovadas pela Anvisa, são seguras e eficazes.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS):  As vacinas evitam 3 milhões de mortes por ano no mundo e reduzem a chance de sequelas causadas pelas doenças. Evitar internações e sequelas são formas de melhoria na qualidade de vida.

As vacinas do SUS seguem as diretrizes do Programa Nacional de Imunização (PNI) que usa a estratégia da saúde COLETIVA, levando em conta as estatística de saúde da população dentro do orçamento destinados para a vacinação do país então cada país segue um calendário específico.

As clínicas particulares seguem a recomendação da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM)  e consideram a saúde de cada pessoa, portanto, INDIVIDUAL.

A importância da informação e conhecimento sobre as diferenças entre as vacinas possibilita que as escolhas sejam mais conscientes.

Quais as diferenças entre elas?

  • Número de doses e picadas
  • Redução das reações após aplicação da vacina
  • Tamanho da proteção

 

Quais as opções para escolher?

Ter acesso à informação é fundamental para que TODOS possam fazer a melhor escolha, dentro de suas prioridades e possibilidades pelo esquema mais personalizado, como:

  • 100% SUS
  • SUS / particular
  • 100% particular

Conscientização:

As vacinas disponíveis são importantes para evitar doenças, mortes e uma ferramenta acessível para melhoria da qualidade de vida. O mundo sem as vacinas era um mundo em que as vidas eram abruptamente interrompidas ou modificadas drasticamente.

Vacina da GRIPE

Tetravalente X Trivalente

A vacina da gripe é atualizada todos os anos com as cepas virais que mais circularam no ano anterior. Portanto isso significa que vacinados anualmente têm menor risco da infecção pelo vírus Influenza.

A vacina do posto de saúde é a trivalente com a cobertura para 3 cepas do vírus.

A vacina da rede particular é a tetravalente ou quadrivalente e tem proteção contra 4 versões do vírus, portanto, protege mais.

Quem deve receber a vacina da gripe?

Todos acima de 6 meses de idade anualmente e preferencialmente logo no início das campanhas ( final de março e começo de abril).

Grupo de risco para infecção pelo vírus da GRIPE?

Gestantes, idosos, crianças menores de 5 anos, portadores de doenças e indígenas.

Vacina com pouco efeito colateral e muito segura.

No posto de saúde, nem todas as pessoas são alvo da campanha mas isso não significa que não seja importante para todos, lembra que falamos lá no começo sobre estratégia de saúde coletiva e custo?

Consulte a clínica de vacinação sobre os procedimentos, em cada uma.

Horário marcado ajuda a não ter fila e pode garantir um distanciamento social maior.

Assim como as que têm drive-thru.

Mais informações sobre a vacina da gripe? Quem pode tomar? Por que tomar de novo? Aqui.

Vai atualizar a carteirinha de vacinação? Consulte aqui: a análise é gratuita.

VACINA BCG

Vacina importantíssima no Brasil para prevenção de formas graves de tuberculose, doença frequente e endêmica no Brasil

Realizada em bebês acima de 2kg e sem doenças que comprometam o sistema imunológico. Deve ser realizada, preferencialmente, no primeiro mês de vida.

Existe hoje a possibilidade de realização do teste do pezinho ampliada  com pesquisa ampliada para triagem de deficiências imunológicas raras como SCID e Agamaglobulinemia. Quando esse exame for realizado a recomendação é aguardar o resultado do teste NEGATIVO para vacinar. O resultado geralmente sai em 10 a 15 dias . Quer saber mais sobre o teste do pezinho? (clique no link)

Disponibilizada na rede pública e particular.

Aplicação: Intradérmica no braço direito.

O local da aplicação costuma evoluir dentro de 7 a 15 dias com uma lesão de aspecto de ferida, com saída de secreção, que é considerada normal. A orientação nesses casos é higiene local com água e sabonete/sabão de uso habitual no bebê.

Quer saber mais sobre o teste do pezinho ampliado? Temos um  vídeo aqui

Pentavalente x Hexavalente

A Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM) orienta a imunização dos bebês  contra 6 doenças graves: difteria, tétano, coqueluche, poliomielite, hepatite B e e aos Haemophilus Influenza 

Graças ao sucesso das campanhas de vacinação das décadas passadas nao temos mais a poliomielite no Brasil .Uma grande preocupação no momento atual é a baixa taxa de cobertura vacinal que deixa a população muito vulnerável ao “reaparecimento” da doença no país. A poliomielite deixa sequelas que não têm cura como a paralisia dos membros.

No SUS, as crianças recebem a vacina pentavalente + VIP (vírus poliomielite inativada) .Ou seja, duas aplicações intramuscular (picadinha) aos 2, 4 e 6 meses. Já na rede privada, a vacina é a hexavalente, quer dizer: proteção contra as 6 doenças em uma única picadinha.

 A recomendação é que seja feita a vacina hexavalente aos 2 e 6 meses e a pentavalente da rede particular (que é diferente da pentavalente do posto) aos 4 meses para todos os bebês que nasceram com peso maior que 2Kg. Nasceu com peso menor, o recomendado é a vacina hexavalente com 4 meses também.

Além do número de picadas, outra diferença é que a vacina da rede pública tem o componente pertussis (coqueluche) de células INTEIRAS (dTpc) e na rede particular tanto a pentavalente quanto a hexavalente tem o componente pertussis ACELULAR (dTpa), essa alteração faz com que as reações vacinas sejam menores, em até 70% nas vacinas da rede particular.

Reações essas como: febre, dor local, irritabilidade e episódio hipotônico hiporresponsivo.

Não é recomendado fazer medicamento para evitar a febre antes da aplicação. O medicamento deverá ser administrado sob prescrição médica, somente nos casos de sintomas

Rotavírus

O rotavírus está por toda a parte. Certamente, todos terão contato com esse vírus pelo menos uma vez na vida até os 5 anos de idade. A infeção pelo vírus causa uma infecção no estômago e intestino (gastroenterite) com muita diarreia e vômito, o que aumenta o risco de desidratação e necessidade de internação hospitalar. As vacinas reduzem  tanto a chance de adoecimento quanto deixando a doença mais “leve” , o que diminui a chance de internação hospitalar.

Nas clínicas particulares é oferecida a vacina oral pentavalente  que tem cobertura para 5 tipos de vírus,  portanto maior proteção que a vacina oral monovalente ofertada pelo SUS.

A vacina é via oral.

Reações que podem acontecer: salivação, aumento da regurgitação

Lembrando que as reações são leves e ínfimas comparadas às doenças

Rede particular O  esquema de doses são 3 doses aos 2, 4 e 6 meses

Rede pública  são 2 doses: 2 e 4 meses

Data limite para realização da vacina rotavírus: 7 meses e 29 dias

A vacina causa APLV? 

Dúvida muito comum, pelo fato da alergia a proteína do leite de vaca se manifestar nos primeiros meses de vida o que acaba coincidindo com os meses que as doses são recebidas.

Até o momento não temos nenhum estudo que comprove que existência de relação causal ( causa e efeito) entre a vacina e APLV

Vacinas Pneumocócicas

O pneumococo é uma bactéria que  pode causar doenças graves, principalmente, nos extremos de idade que são os idosos e os bebês. Pode causar pneumonia, otite , sinusite e meningite (a meningite por pneumococo costuma deixar como sequela a surdez, naqueles que sobrevivem.

Existem vários tipos de pneumococo e as vacinas existentes são:

  • Pneumocócica 10 Valente

Proteção para 10 tipos do pneumococo.

Na UBS a vacina é disponibilizada aos 2 – 4 meses e um reforço aos 15 meses é a pneumocócica 10 valente ( ou seja, proteção contra 10 tipos do pneumococo)

Aplicação Intramuscular

Reação: leve dor local

  • Pneumocócica 13 valente

Proteção para 13 tipos do pneumococo . Além da cobertura maior quando comparada à Pneumocócica 10 valente, a proteína da vacina P13V  induz uma melhor resposta do nosso sistema imunológico.

Na rede particular a vacina disponibilizada aos 2 – 4 e 6 meses e o reforço aos 15 meses idade. 

Vacinados após 2 anos de idade o esquema é DOSE ÚNICA

Recomendada fortemente para todos os idosos acima de 60 anos

Não há limite máximo de idade para realização da vacina

Aplicação intramuscular – Reação: leve dor local

  • Pneumocócica 23 Valente

Vacina que pode ser realizada a partir de 2 anos de idade, em situações específicas como 

Recomendada somente para algumas crianças, adolescentes e adultos conforme orientação médica.

Recomendada para todos os idosos a partir de 60 anos. 

O ideal é que a vacina seja realizada após 6-12  meses da vacina pneumocócica 13 Valente para os idosos.

Deve ser realizado um reforço 5 anos após a dose anterior.

Idosos que receberam a vacina pneumocócica 23 valente podem receber a vacina pneumocócica 13V, após 1 ano.

Vacinas Meningocócicas : C e ACWY/ B

O meningococo é uma bactéria que causa doenças graves com muito risco de morte e sequelas como a meningite e a meningococcemia.

Um em cada 5 casos evoluem para morte e as sequelas graves como amputações podem acometer os que sobrevivem.

Um grande problema é a evolução muito rápida do quadro clínico. A febre começa  sem nenhum outro sintoma e em 6-12hs pode evoluir para morte, com aparecimento de outros sintomas como dor de cabeça, manchas pelo corpo e vômitos. Mesmo que as todas as medidas de tratamento sejam realizadas precocemente, então a prevenção é realmente a melhor opção

Existem vários tipos do meningococo e a boa notícia é que temos vacinas para 6 tipos :A CWY e B

Até 2010, o meningococo mais comum no Brasil era o tipo C e por esse motivo foi uma estratégia muito positiva a implementação da vacina MENINGOCÓCICA C no programa nacional de Imunização do SUS que segue até os dias de hoje.

VACINA MENINGOCÓCICA C

Disponibilizada pelo SUS para bebes aos 3 e 5 meses. Reforço entre 12-15meses e um segundo reforço após 5 anos (entre 5 – 6 anos)

VACINA MENINGOCÓCICA ACWY

A vacina meningocócica conjugada ACWY é quadrivalente, o que significa que protege contra os meningococos dos grupos A, W e Y.

Disponibilizada na rede particular aos 3, 5 meses, reforço entre 12-15 meses, segundo reforço entre 5-6 anos e última dose aos 11 anos.

Indicada para crianças, adolescentes e adultos

Estudo recente mostra que 10% dos adultos jovens (até 35 anos) tem o meningococo na orofaringe e são assintomáticos, podendo assim, transmitir a bactéria para outras pessoas. A vacinação para essa faixa etária é importante para reduzir os portadores da bactéria.

Disponibilizada na rede pública para adolescentes 11 – 12 anos

Meningite B

A imunização contra a meningite B é oferecida somente pela rede particular de saúde no Brasil.

Com o sucesso da campanha de vacinação contra o meningococo C o tipo mais prevalente entre as crianças abaixo de 2 anos é o MENINGOCOCO B.

Recomendada aos 3-5 meses , reforço entre 12- 15 meses

Para aqueles que recebem a primeira dose após 2 anos o esquema é de 2 doses com intervalo de 30 dias entre elas.

Vale reforçar aqui que a doença acontece com maior frequência nos primeiros 2 anos de vida. Portanto, uma informação  que deve ser levada em consideração para aqueles que querem “aguardar” para fazer a vacina para economizar em  um menor número de doses.

VACINA HPV

O papiloma vírus humano causa de verrugas genitais e alguns tipos de câncer como: câncer de colo de útero, câncer de pênis, ânus e boca.

A vacina é recomendada a partir de 9 anos de idade, tanto para meninos quanto para meninas. Estudos mostram que quanto mais perto de 9 anos ocorrer a imunização maior o número de anticorpos e portanto maior a proteção para a vida toda.

A vacina disponibilizada é a quadrivalente. E isso significa que há proteção contra 4 tipos do vírus, sendo 2 deles oncológicos e que estão relacionados aos tipos de câncer

Na rede particular a vacina é recomendada a partir de 9 anos para meninos e meninas no esquema de 2 doses com intervalo de 6 meses entre elas, caso tenham até 14 anos completos.

Acima de 15 anos, a recomendação é de 3 doses no esquema (0-2-6 meses)

Na UBS, a vacina é disponibilizada para a seguinte faixa etária

Meninas 9 a 14 anos

Meninos 11  a 14 anos

VACINA VARICELA

Apesar de parecer uma doença benigna alguns casos de varicela, também conhecida por capota, não têm um final feliz e por esse motivo, temos vacinas para evitar a doença e formas graves.

Rede particular:  Recomenda 2 doses sendo a primeira aos 12 meses e a segunda dose 3 meses após a primeira dose.

Rede pública: Oferece 2 doses aos 12 meses e outra entre 4 e 6 anos de idade.

VACINA HEPATITE A

O vírus da hepatite A pode causar  doença  grave e risco de falência hepática.

Rede particular: São considerados imunizados todos aqueles que receberam 2 doses após 1 ano de idade, com intervalo de 6 meses entre as doses. A vacina pode ser realizada em crianças e adultos.

Rede pública: Oferece 1 dose para crianças entre 12 e 5 anos.

Porque a SBIM recomenda 2 doses da vacina?

10 % da população não terá uma resposta satisfatória com dose única da vacina havendo a necessidade de outra dose.

VACINA TRÍPLICE VIRAL (SCR)

A vacina oferece proteção contra as doenças Sarampo, caxumba e rubéola.

 Rede pública:

  • Crianças: esquema recomendado :  2 doses com 3 meses de intervalo entre elas (12 meses e 15 meses)
  • Adultos: 2 doses até 29 anos, 1 dose entre 30 e 59 anos,

Rede particular:

  • 6 meses: dose bloqueio devido ao Surto de Sarampo atual no Brasil
  • 12 meses: primeira dose
  • 15 meses: segunda dose
  • Adultos:  até 29 anos 2 doses. Dose única entre 30 e 59 anos.

A vacina não deve ser dada junto com a vacina da febre amarela e precisamos dar um intervalo de 30 dias entre elas.

 

VACINA FEBRE AMARELA

Disponibilizadas na rede pública e particular e o que muda são os fabricantes das vacinas. A Eficácia é igual quando utilizada dose completa e não a fracionada

Recomendada aos 9 meses e após 4 anos reforço.

Dose única para quem fez a vacina dose completa após 4 anos de idade

Para países que exigem o CERTIFICADO INTERNACIONAL DA VACINA o comprovante deverá ser apresentado no embarque.

Postos da ANVISA e clínicas particulares emitem o certificado internacional.

 

VACINA HERPES ZOSTER

 

1 em cada 3 pessoas terão as manifestações do Herpes Zoster em algum momento da vida

O vírus varicela zoster fica quietinho durante toda a vida em todos aqueles que tiveram contato com o vírus  da varicela (catapora) na infância. O sistema imunológico dos idosos, que começa a apresentar “falhas” com o passar dos anos oferece condições de reativação do vírus  que causa a doença.

A infecção pelo Herpes Zoster é diferente do Herpes Simples que causa aftas orais ou genitais.

Quais os sintomas?

As lesões conhecidas como cobreiro foram bolhas na região das costelas ou outras nas proximidades dos nervos sendo assim são extremamente dolorosas e com risco de infecção. Pacientes que já tiveram relatam dor extrema e sensibilidade  ao vento tocando a ferida. Dependendo da extensão da lesão, infecção e até para controle da dor é preciso internação hospitalar .

Pacientes que já tiveram a doença tendem a apresentam recorrência das lesões nos anos seguintes ou seja, recorrência

A vacina evita a doença e diminui as recorrências. Pode ser realizada 1 ano após a doença ativa, desde que não seja herpes oftalmico.

Disponibilizada na rede particular para todos acima de 50 anos no esquema de doses única.

VACINA Dtpa

Vacina que protege contra e doenças (difteria, tétano e coqueluche acelular).

Rede particular : indicada para todos a cada 10 anos.

Gestantes devem receber em todas as gestações a partir da 20 semana.

Fortemente recomendada para os envolvidos nos cuidados com os recém-nascidos.

No SUS: Disponibilizadas para gestantes e puérperas até 45 dias pós parto.

 

Vacina DTP e VOP

Disponibilizada na UBS aos 4-6 anos junto com a VOP (vacina oral poliomielite).

A VOP é administrada somente nas UBS e faz parte do calendário de vacinas do PNI e campanhas do “ZÉ GOTINHA” contra a poliomielite. A diferença entre entre a VOP e VIP é que primeira é o vírus atenuado e a segunda inativado.

Na rede particular: disponibilizada a vacina dTpa+ VIP ( uma única picadinha com proteção para 4 doenças: difteria,  tétano, coqueluche e poliomielite.

 

Vacina hepatite B

Disponibilizada na rede privada  e no SUS, para todas as idades, no esquema de 3 doses, com o intervalo entre elas no esquema (0-2-6).

Agora que você já sabe das principais diferenças entre vacinas do SUS e da rede privada, clique aqui para agendar as vacinas da família!

 

Dra Renata Scatena 

 

 

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